domingo, 25 de abril de 2010

18ª Feira do Livro

Foi muito bacana meus alunos olharem com os olhos brilhando aquela tal de Martha Medeiros que pesquisarm no Google e que debatemos em aula.
Ficaram atentos ouvindo seus comentários e depois foram dar uma espiada nos Bloconecos, grupo mineiro que trabalha com a Globo e tem seus participantes trajados com os mais diferentes personagens, desenvolvendo coreografias divertidas e interativas.

No segundo dia, foi muito bacana percebê-los aos risos assistindo Tangos e Tragédias. Eu fiquei me questionando se entenderiam as piadas provocativas do show...mas muitas delas eles não apresentaram no show na cidade. Fizeram tudo muito light.

Estou triste que na próxima semana eles não têm aula na segunda e na terça, por terem ido à Feira. Normas da escola...não há o que fazer.

Passada a angústia de iniciar o estágio, estou tomada pela angústia de pensar que faltará tempo para tudo que desejo trabalhar com ele e explorar todas as dificuldades que percebi.

Esta semana introduzirei o PA. Nossa! Será um grande desafio e acho que ficarão extremamente empolgados.

PErcebo que estão frequentando as aulas muito entusiasmados e sentindo-se valorizados e aprendendo muito. Isso é bom!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ansiedade n.º 954

Palavra do dia: ansiedade.
Como não havia acertado com a professora de iniciar o estágio hoje, por não ter compreendido o calendário da UFRGS, hoje passei a noite assistindo a aula da professora.
Percebi que a divisão de turma vai ser excelente, pois possibiitará que os alunos não-alfabetizados recebam uma atenção especial e os alfabetizados possam alçar voos.
AMANHÃ é o dia.
Já programei a semana toda, postei no planejamento semanal e meu cadernino (porque eu preciso de papel) já tá faceiro com os objetivos e procedimentos da semana.
Passado o pavor, eu tô louca para entrar em sala de aula e colocar em prática tudo que está passando na minha cabeça.
Eu acho que eu vou acabar me encantando com a EJA e esta turma.
Observando-os hoje, percebi-os bastante participativos e críticos; poucos apáticos.
Espero que minhas propostas de descontração, jogos e arte sejam bem vindas, porque percebo que a maioria tem a concepção de que para aprenderem devem estar presos ao caderno, copiando e respondendo mecanicamente. O maior desafio será fazê-los compreender e aceitar meu método.
Mas tenho certeza que acabarão percebendo os benefícios e resultados.
Boa sorte a todos nós!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Choque

A palavra do dia é choque.
O excesso de atividades a serem cumpridas me deixaram em total pânico: releituras, pesquisas, registros, planejamentos...fiquei me perguntando como dar conta de tudo.
A resposta é só uma: tenho que dar conta de qualquer jeito.
Estou me sentindo um pouco amarrada. Não sei se estou enferrujada pelo tempo em que estou efetivamente distante da sala de aula, ou simplesmente bitolada pelo nervosismo.
Tenho idéias, vontades, mas parece que não consigo conjunturá-las.
Estou confusa quanto ao que a UFRGS pretende, aliás, espera da gente.
Estava habituada a interligar a tal da listinha dos conteúdos mínimos às curiosidades dos alunos e buscar a implementação de atividades práticas, lúdicas, de registro, de análise, de investigação. Mas eu definia no geral as atividades.
Sinto-me confusa quanto ao norte a ser dado ao estágio.
Os temas a serem seguidos para a elaboração das atividades de aula devem seguir as curiosidades dos alunos, certo? Devo envolvê-los, propiciar a análise, a investigação, o registro, a crítica...mas isso é um PA.
Como vou definir o que será estudado pela turma e o que será um PA?
Tá, eu sei que estou falando na primeira pessoa e que devo definir isso tudo com eles. Mas eu preciso dar conta de um planejamento semanal!
Retornei ao Rooda e salvei para releitura vários textos que penso que servirão como embasamento para a elaboração da minha carta de intenções.
Eu posso escrever que o meu objetivo é sair correndo? Não dá, né?
Bem, não é objetivo, não. É vontade.
Mas eu vou superá-la. Eu hei de dar conta.
Me ajuda, professora Elly!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Arquitetura Pedagógica

Uma das coisas que tem me deixado ansiosa é a arquitetura.
Olhei todas as desenvolvidas pelo Polo de Alvorada e achei bárbaras, mas a gente sempre fica se cobrando que tem que criar algo mega, ultra criativo e dferente. Bem, na recuperação eu não consegui, mas eu vou!
Tenho pensado em readaptar a minha arquitetura.
A forma como foi criada na recuperação é inviável para o desenovlvimento da minha turma.
Pelo pequeno contato que tive com eles, percebi que não conseguiriam inicialmente desenvolver uma visita a vários sítios na internet. Eles nunca usaram computador. Vai ser bacana ver os olhos deles brilhando ao ir domando o bichinho.
Nossa, ao elaborar minha arquitetura eu devo ter abortado as lembranças das primeiras aulas do curso...PÂNICO TOTAL, TOTAL.
Criei uma arquitetura pra alunos de final de curso de Pedagogia, não para alunos de EJA, processo de alfabetização.
Mas eu vou dar um jeito nela! Há de ficar bom.

Novidades

Empolguei-me tanto em rechear o pbwiki que acabei deixando de lado meu pobre blog (entenda-se pobreza como breve abandono, não falta de conteúdo, por favor).
Deixa eu contar da visita.
Adorei a turma! Muito simpáticos!
Muito entusiasmados! Cheios de vontade de aprender.
Percebi um certo receio por parte de um aluno (que deve ser o sentimento íntimo de muitos) em perder tempo de aula e aprendizagem com a gente...estagiárias...normal...admitamos que nós mesmas como alunos lá no fundinho pensaríamos "Estagiário nada, eu quero meu professor e conteúdo que ele certamente se preocupará em me dar"...é, os velhos preconceitos e paradigmas.
Isso fará com que aumente o compromisso em gerar uma arquitetura pedagógica extremamente motivadora e provocativa, que faça com que os alunos sintam-se instigados e percebam-se evoluindo.

Voltemos à turma...no dia que visitamos a turma, haviam 14 alunos em sala de aula.
Fiquei curiosa em conhecer um pouco da história de cada um, para desvendar um pouco de cada um daqueles rostos.
Foi aí que surgiu a idéia da técnica de integração.
Desenvolvemos a técnica do novelo de lã, onde cada um, após realizar uma fala descrevendo um pouco da sua realidade e seus sonhos, repassava o modelo e uma teia de aranha ia sendo tramada.
Percebi que eels ficaram surpresos ao conhecer a realidade e os sonhos dos colegas.
Percebi muita vontade de aprender e resgatar o tempo perdido...otimizá-lo ao máximo.
Foi uma experiência extremamente interessante! Eu acabei me emocionando. Logo eu, fria que nem água de poço.

Tô muito nervosa. Tenho buscado livros com sugestões de atividades para EJA e pesquisado blog's na internet com atividades desenvolvidas em busca de um norte, uma tranquilidade pro meu coração aflito, que está com medo de não dar conta do estágio e não ser uma boa professora.
Eu confesso que estou em pânico...graças a Deus, eu sei que vai passar.