domingo, 5 de dezembro de 2010

Reflexão final

Revisitando minhas postagens, percebi quanto crescimento tive na graduação.

* Entrei neste curso achando que prender um lindo alfabeto ilustrado na parede era didático e na UFRGS, vivenciando na prática com um alfabeto árabe, compreendi o quanto, da forma que utilizava, era inadequado.

* Entrei sendo contrária à inclusão de alunos com deficiência na sala de aula e pensando que eles deveriam ser atendidos em escolas especiais e compreendi que eles devem aprender a conviver na sociedade desde cedo e os colegas devem aprender a conviver e a respeitar diferenças.

* Entrei no curso achando que Estudos Sociais era um saco e não havia como tornar o estudo de Ciências menos técnico e compreendi como estas disciplinas podem ser práticas e interativas.

* Entrei pensando que já sabia bastante coisa sobre a Matemática e aprendi novas formas de desafiar os alunos.

* Entrei sem compreender Piaget, achando a leitura uma loucura, não tendo idéia de quem eram os loucos de Freinet, Dewey, Montessori e sabendo muito pouco de Freire. E saio apaixonada pelas contribuições de cada um e convicta da importância de estudar a fundo as obras de todos eles para irmos nos constituindo como bons educadores.



* Entrei convicta de que a EJA era um sonho realizado e saí com a certeza de que estamos apenas no início do caminho, muito distantes ainda do que ela se proclama ser.

* Entrei pensando que sairíamos da faculdade realizando uma educação de ponta e aí conheci a grandeza do trabalho da Escola da Ponte e me encantei com o quanto a educação pode ser transfomadora e me realizei com a concretização do que sonhamos como algo possível.

* Entrei pensando que já sabia bastante coisa de informática e me surpreendi com o quanto sabia pouco e como eram poucas as quye usava do que já estava disponível.

* Compreendi a importância de uma gestão democrática e da elaboração conjunta de um Projeto Político Pedagógico, que antes do curso julgava uma perda de tempo, com a qual só os mais chatos da escola se envolviam. Hoje, compreendo a importância de discuti-lo ponto a ponto para qualificar o percurso a ser percorrido.

* Entrei achando que propunha aulas bem proveitosas de Artes, Teatro, Literatura e Música e sai percebendo o quanto elas eram limitadas e como podem ser extremamente produtivas!

* Entrei pensando que a função do educador era conduzir e comnpreendi que a função do educador é mediar.


* Entrei pensando que meu planejamento era genial! Afinal, juntava os conteúdos da lista de maneira que trabalhava tudo integrado e planejava na mesa da minha casa as atividades que desenvolveria com as crianças. Hoje, saio da UFRGS ciente do quanto é produtivo planejar com os alunos e ir auxiliando-os no nosso laboratório da sala de aula a compreender que o controle da vida deles e do mundo, está nas mãos de cada um.


Entrei engatinhando...



E saí uma educadora em constante aprendizagem...

Revisitando Libras

Libras

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Revisitando Libras, percebi o quanto não estou preparada para atender um aluno surdo e quantos professores encontram-se na mesma situação que eu.
Penso que, por mais que a inclusão seja imprescindível para a inserção dos deficientes na sociedade e até para o término do preconceito e a habituação com a convivência com as diferenças, ainda estamos longe de garantir a realização disto com qualidade.
Na minha postagem comentei que a interdisciplina passou muito rápido e não foi suficiente para que eu entendesse a língua. Se a UFRGS, uma universidade sempre de ponta e atenta às inovações, em seu currículo dispõe apenas de um semestre, quando deveria ter vários de Libras, imagina como se dá a curta passagem nas outras universidades.

Revisitando EJA

Link

Nossa, revisitando EJA percebi o quanto sou idealista. Em um trecho da minha postagem, coloquei:
“De fato, são desenvolvidas habilidades, é reconhecido o potencial do educando e oportunizada a troca de experiências, reconhecendo e valorizando os saberes de cada um.”
Só que a realidade das salas de aula não são assim.
Durante a minha prática de estágio, percebi que os alunos estão habituados a cópia de conteúdos, a treinar exercícios e absurdamente na minha turma, resolviam contas com calculadora, sem ter a noção do processo de montagem e realização das contas.
Percebi que não estavam habituados a trocas, não estavam habituados a experienciar, pensar e não debatiam. ME solicitaram que desejavam continuar como antes da minha chegada, copiando exercícios do quadro e respondendo e preenchendo folhinhas.
Percebi que a EJA está muito distante daquilo que eu pensava que já tinha se estabelecido e o que idealizo como educação.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pensando, pensando...

Necessidades Educacionais Especiais

Link postagem

Apesar de não ter tido contato com alunos especiais como educadora, observando durante o período da disciplina a experiência da EMF 1º de Maio, mudei minha concepção sobre a inclusão.
Antes do curso eu era completamente contra a inclusão de alunos especiais em sala de aula. Pensava que eles deveriam ser atendidos em escolas especiais, com equipamentos especiais, mas hoje percebo que no mundo não há um lugar especial para eles e na maioria dos casos eles acabam excluídos, sofrendo o preconceito e beirando a miséria.
A inclusão não somente é boa para eles já irem vivenciando o mundo real e se inserirem nele, como uma forma de educar os alunos “normais” a conviverem e respeitarem a diferença. Neste aspecto, a UFRGS mudou 100% minha concepção e para positivo.

Etnias

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Explorar as etnias que formam a turma é um grande ponto de partida pra trabalhar a história, a geografia e discutir criticamente a realidade.
Durante o período em que estudamos a interdisciplina, tivemos a oportunidade de investigar nosso perfil físico e psicológico e apresentar aos colegas nossas raízes étnicas, reconhecendo semelhanças e diferenças.
Investigamos o racismo e percebemos o quanto ele ainda é presente, de maneira velada.
Penso que o estudo das etnias seja um excelente ponto de partida para a valorização de cada uma delas e o despertar do respeito mútuo.


Filosofia

Link 1

Link 2

A interdisciplina me fez refletir sobre a importância de trabalhar questões de ética e valores com as crianças.
Sempre trabalhei valores com as crianças, mas de maneira infantilizada.
Minha filha, de 4 anos, trabalhou este ano na escola as obras de Monet, dentre outros temas, é claro. Reconhece as obras, fala dele...olhando pra ela fiquei pensando: porque não trabalhar a Filosofia mais aprofundada com as crianças...numa performance de O mundo de Sofia?
No link acima, por exemplo, postei uma peça rara que achei: O mito das sombras em história em quadrinhos. Uma possibilidade divertida e ilustrativa para debater a filosofia em sua essência.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mapa Conceitual n.º 1

Mapa Conceitual das aprendizagens da Graduação


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Psicologia da vida adulta

Revisitando valiosos conceitos...


ERIKSON


18 a 30 anos

Intimidade x isolamento

* Identidade formada
* Aptidão para ter relações proximais com relacionamentos fixos
* Fidelidade sem perder a identidade
* Medo de perder o eu
* Medo de competitividade
* Auge da beleza e aptidão física
* Crença no potencial profissional e capacidade de prosperar

30 a 60 anos
Generatividade x estagnação


* Necessidade de sentir-se necessário
* Preocupação em repassar valores aos mais jovens, garantindo a perpetuação da espécie
* Início do processo de degeneração do corpo
* Necessidade de maior cuidado com alimentação
* Aumento da importância de atividades físicas
* Profissionalmente, interação da experiência à maturidade
* Progressiva diminuição do ritmo
* Dificuldade em aceitar inovações e mudanças
* Momento de extrema estabilidade, seguido de insegurança e instabilidade profissional (aumento da possibilidade de substituição)

60 anos em diante
Integridade do ego x desesperança


* Análise das vivências - balanço da vida
* Aceita as pessoas como são
* A falta de integração do ego leva ao sentimento de tempo curto
* Saudade da juventude - comparação do seu corpo com o de jovens
* Perda da flexibilidade - rigidez
* Diminuição da imunidade
* Aumento de doenças
* Fraqueza
* Profissionalmente, momento de dificuldades financeiras
* Exclusão do mercado de trabalho
* Sensação de improdutividade
* Medo da morte
* Sensação de mau uso do tempo


Como foi valiosa esta leitura para meu TCC sobre educação de Jovens e Adultos e como me fez falta relembrá-la no meu estágio. A dificuldade dos meus alunos de aceitarem inovações e mudanças, me fez sentir uma sensação de fracasso, ao invès de compreender que necessitava paciência para gradativamente eles irem adaptando-se às novidades. Na fase em que se encontram aceitar mudanças facilmente não está nos prognósticos.

Representando o mundo através dos Estudos Sociais

Postagem original

Com uma pilha de livros contando a história a partir da visão da elite, criando super-heróis vitoriosos, puros de espírito e com as mais nobres intenções, temos a obrigação de opotunizar aos alunos a análise crítica da sociedade em que vivemos.

Conhecer a história da nossa cidade, país e mundo é a primeira etapa para compreendermos a sociedade na qual estamos inseridos. Mais do que isso, compreender os fatores que levaram o mundo a transformar-se no que é, é fundamental para elaborarem-se alternativas para transformá-lo no que desejamos.

Ao pensarmos os Estudos Sociais, devemos ter ainda mais presentes em nossa mente o tipo de ser humano e sociedade que desejamos formar.