domingo, 5 de dezembro de 2010

Reflexão final

Revisitando minhas postagens, percebi quanto crescimento tive na graduação.

* Entrei neste curso achando que prender um lindo alfabeto ilustrado na parede era didático e na UFRGS, vivenciando na prática com um alfabeto árabe, compreendi o quanto, da forma que utilizava, era inadequado.

* Entrei sendo contrária à inclusão de alunos com deficiência na sala de aula e pensando que eles deveriam ser atendidos em escolas especiais e compreendi que eles devem aprender a conviver na sociedade desde cedo e os colegas devem aprender a conviver e a respeitar diferenças.

* Entrei no curso achando que Estudos Sociais era um saco e não havia como tornar o estudo de Ciências menos técnico e compreendi como estas disciplinas podem ser práticas e interativas.

* Entrei pensando que já sabia bastante coisa sobre a Matemática e aprendi novas formas de desafiar os alunos.

* Entrei sem compreender Piaget, achando a leitura uma loucura, não tendo idéia de quem eram os loucos de Freinet, Dewey, Montessori e sabendo muito pouco de Freire. E saio apaixonada pelas contribuições de cada um e convicta da importância de estudar a fundo as obras de todos eles para irmos nos constituindo como bons educadores.



* Entrei convicta de que a EJA era um sonho realizado e saí com a certeza de que estamos apenas no início do caminho, muito distantes ainda do que ela se proclama ser.

* Entrei pensando que sairíamos da faculdade realizando uma educação de ponta e aí conheci a grandeza do trabalho da Escola da Ponte e me encantei com o quanto a educação pode ser transfomadora e me realizei com a concretização do que sonhamos como algo possível.

* Entrei pensando que já sabia bastante coisa de informática e me surpreendi com o quanto sabia pouco e como eram poucas as quye usava do que já estava disponível.

* Compreendi a importância de uma gestão democrática e da elaboração conjunta de um Projeto Político Pedagógico, que antes do curso julgava uma perda de tempo, com a qual só os mais chatos da escola se envolviam. Hoje, compreendo a importância de discuti-lo ponto a ponto para qualificar o percurso a ser percorrido.

* Entrei achando que propunha aulas bem proveitosas de Artes, Teatro, Literatura e Música e sai percebendo o quanto elas eram limitadas e como podem ser extremamente produtivas!

* Entrei pensando que a função do educador era conduzir e comnpreendi que a função do educador é mediar.


* Entrei pensando que meu planejamento era genial! Afinal, juntava os conteúdos da lista de maneira que trabalhava tudo integrado e planejava na mesa da minha casa as atividades que desenvolveria com as crianças. Hoje, saio da UFRGS ciente do quanto é produtivo planejar com os alunos e ir auxiliando-os no nosso laboratório da sala de aula a compreender que o controle da vida deles e do mundo, está nas mãos de cada um.


Entrei engatinhando...



E saí uma educadora em constante aprendizagem...

Revisitando Libras

Libras

Link

Revisitando Libras, percebi o quanto não estou preparada para atender um aluno surdo e quantos professores encontram-se na mesma situação que eu.
Penso que, por mais que a inclusão seja imprescindível para a inserção dos deficientes na sociedade e até para o término do preconceito e a habituação com a convivência com as diferenças, ainda estamos longe de garantir a realização disto com qualidade.
Na minha postagem comentei que a interdisciplina passou muito rápido e não foi suficiente para que eu entendesse a língua. Se a UFRGS, uma universidade sempre de ponta e atenta às inovações, em seu currículo dispõe apenas de um semestre, quando deveria ter vários de Libras, imagina como se dá a curta passagem nas outras universidades.

Revisitando EJA

Link

Nossa, revisitando EJA percebi o quanto sou idealista. Em um trecho da minha postagem, coloquei:
“De fato, são desenvolvidas habilidades, é reconhecido o potencial do educando e oportunizada a troca de experiências, reconhecendo e valorizando os saberes de cada um.”
Só que a realidade das salas de aula não são assim.
Durante a minha prática de estágio, percebi que os alunos estão habituados a cópia de conteúdos, a treinar exercícios e absurdamente na minha turma, resolviam contas com calculadora, sem ter a noção do processo de montagem e realização das contas.
Percebi que não estavam habituados a trocas, não estavam habituados a experienciar, pensar e não debatiam. ME solicitaram que desejavam continuar como antes da minha chegada, copiando exercícios do quadro e respondendo e preenchendo folhinhas.
Percebi que a EJA está muito distante daquilo que eu pensava que já tinha se estabelecido e o que idealizo como educação.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pensando, pensando...

Necessidades Educacionais Especiais

Link postagem

Apesar de não ter tido contato com alunos especiais como educadora, observando durante o período da disciplina a experiência da EMF 1º de Maio, mudei minha concepção sobre a inclusão.
Antes do curso eu era completamente contra a inclusão de alunos especiais em sala de aula. Pensava que eles deveriam ser atendidos em escolas especiais, com equipamentos especiais, mas hoje percebo que no mundo não há um lugar especial para eles e na maioria dos casos eles acabam excluídos, sofrendo o preconceito e beirando a miséria.
A inclusão não somente é boa para eles já irem vivenciando o mundo real e se inserirem nele, como uma forma de educar os alunos “normais” a conviverem e respeitarem a diferença. Neste aspecto, a UFRGS mudou 100% minha concepção e para positivo.

Etnias

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Explorar as etnias que formam a turma é um grande ponto de partida pra trabalhar a história, a geografia e discutir criticamente a realidade.
Durante o período em que estudamos a interdisciplina, tivemos a oportunidade de investigar nosso perfil físico e psicológico e apresentar aos colegas nossas raízes étnicas, reconhecendo semelhanças e diferenças.
Investigamos o racismo e percebemos o quanto ele ainda é presente, de maneira velada.
Penso que o estudo das etnias seja um excelente ponto de partida para a valorização de cada uma delas e o despertar do respeito mútuo.


Filosofia

Link 1

Link 2

A interdisciplina me fez refletir sobre a importância de trabalhar questões de ética e valores com as crianças.
Sempre trabalhei valores com as crianças, mas de maneira infantilizada.
Minha filha, de 4 anos, trabalhou este ano na escola as obras de Monet, dentre outros temas, é claro. Reconhece as obras, fala dele...olhando pra ela fiquei pensando: porque não trabalhar a Filosofia mais aprofundada com as crianças...numa performance de O mundo de Sofia?
No link acima, por exemplo, postei uma peça rara que achei: O mito das sombras em história em quadrinhos. Uma possibilidade divertida e ilustrativa para debater a filosofia em sua essência.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mapa Conceitual n.º 1

Mapa Conceitual das aprendizagens da Graduação


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Psicologia da vida adulta

Revisitando valiosos conceitos...


ERIKSON


18 a 30 anos

Intimidade x isolamento

* Identidade formada
* Aptidão para ter relações proximais com relacionamentos fixos
* Fidelidade sem perder a identidade
* Medo de perder o eu
* Medo de competitividade
* Auge da beleza e aptidão física
* Crença no potencial profissional e capacidade de prosperar

30 a 60 anos
Generatividade x estagnação


* Necessidade de sentir-se necessário
* Preocupação em repassar valores aos mais jovens, garantindo a perpetuação da espécie
* Início do processo de degeneração do corpo
* Necessidade de maior cuidado com alimentação
* Aumento da importância de atividades físicas
* Profissionalmente, interação da experiência à maturidade
* Progressiva diminuição do ritmo
* Dificuldade em aceitar inovações e mudanças
* Momento de extrema estabilidade, seguido de insegurança e instabilidade profissional (aumento da possibilidade de substituição)

60 anos em diante
Integridade do ego x desesperança


* Análise das vivências - balanço da vida
* Aceita as pessoas como são
* A falta de integração do ego leva ao sentimento de tempo curto
* Saudade da juventude - comparação do seu corpo com o de jovens
* Perda da flexibilidade - rigidez
* Diminuição da imunidade
* Aumento de doenças
* Fraqueza
* Profissionalmente, momento de dificuldades financeiras
* Exclusão do mercado de trabalho
* Sensação de improdutividade
* Medo da morte
* Sensação de mau uso do tempo


Como foi valiosa esta leitura para meu TCC sobre educação de Jovens e Adultos e como me fez falta relembrá-la no meu estágio. A dificuldade dos meus alunos de aceitarem inovações e mudanças, me fez sentir uma sensação de fracasso, ao invès de compreender que necessitava paciência para gradativamente eles irem adaptando-se às novidades. Na fase em que se encontram aceitar mudanças facilmente não está nos prognósticos.

Representando o mundo através dos Estudos Sociais

Postagem original

Com uma pilha de livros contando a história a partir da visão da elite, criando super-heróis vitoriosos, puros de espírito e com as mais nobres intenções, temos a obrigação de opotunizar aos alunos a análise crítica da sociedade em que vivemos.

Conhecer a história da nossa cidade, país e mundo é a primeira etapa para compreendermos a sociedade na qual estamos inseridos. Mais do que isso, compreender os fatores que levaram o mundo a transformar-se no que é, é fundamental para elaborarem-se alternativas para transformá-lo no que desejamos.

Ao pensarmos os Estudos Sociais, devemos ter ainda mais presentes em nossa mente o tipo de ser humano e sociedade que desejamos formar.

Representando o mundo através das Ciências

Esta interdisciplina mexeu muito comigo...como eu era ruim.

Repensei a minha prática e relembrei momentos de uma boa condução do estudo de ciências e momentos de pura mediocridade.

Se em um ano, através do concreto e de maneira coletiva com os alunos, representei o corpo humano e seu funcionamento, auxiliando os alunos a compreendê-lo, em outro ano, com alunos de classe de alfabetização fui um verdadeiro fracasso, não desenvolvendo nada.

Representando o mundo através das Ciências me conscientizou de que, para instigar o aluno a proteger a natureza, tenho que auxiliá-lo a compreendê-la e identificar as ações nocivas do ser humano.

E o mais importante, isto deve ser feito de maneira reflexiva, prática e investigativa.

Representando o mundo através da Matemática

Postagem


"Embora ninguém tenha a obrigação de gostar de Matemática, nem de querer, todos têm o direito a uma educação matemática que lhes permita trabalhar em profissões que fazem uso intensivo de Matemática, assim como têm direito a uma educação matemática que lhes permita serem autores em sua vida social, e não apenas atores ou espectadores.”

Infelizmente, a maneira pouco criativa e tradicional como a maioria dos professores conduz as aulas de matemática, faz com que ela se apresente maçante e vazia de sentido. À medida que nós nos dedicamos a oportuniza aos nossos alunos atividades relacionadas com as vivências e cotidiano da criança, o processo de ensino-aprendizagem, além de transcorrer de maneira satisfatória, será prazeroso.

SERIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

Classificar é agrupar considerando semelhanças de objetos

Seriar é ordenar a partir da análise das diferenças dos objetos.

Quanto à seriação, através da experienciação a criança vai ultrapassando as fases:


•FASE IA - não há nenhum ensaio de ordenação dos elementos (+ - 4 anos);

•FASE IB - inicia a realizar pequenas séries incoordenadas dos elementos (+ - 5 anos);

•FASE II- êxito na intercalação dos elementos, por tentativas (+ - 6 anos);

•FASE III - êxito através da utilização do método sistemático- seriação operacional (+ - 7/8 anos).”


Já a classificação vai sendo abstraída à medida que a criança vai apropriando-se da fala e reconhecendo os objetos.

Trabalhar a classificação e a seriação, através de brincadeiras com blocos lógicos, fila humana, Elefante Colorido, Boole e outros é muito mais que cumprir um ítem da listagem curricular, é oportunizar à criança uma ordenação de ordem mental em sua vida, que se processará na organização do seu cotidiano e de tudo que a cerca, a começar pelo seu quarto.

NÚMEROS E OPERAÇÕES - o primeiro passo é auxiliar a criança a compreender que os números estão em toda parte e dominá-los, bem como as operações entre eles, é primordial.
Como os construtivistas, acredito no manuseio do concreto para posteior compreensão do abstrato. Penso que a construção do conceito de quantidade deve ser construída através do manuseio de material concreto, assim como a realização de cálculos matemáticos. sempre utilizei fundos de garrafas plásticas e tampas de refrigerante para iniciar com meus alunos o processo de assimilação de cada uma das quatro operações. Com o tempo, deixando opcional o uso de msaterial concreto, via aos poucos os alunos desprendendo-se do mesmo e realizando as contas apenas no papel.É emocionante acompanhar este processo!


Enfim, esta interdisciplina me auxiliou a pensar, criar e pesquisar uma serie de atividades nada maçantes e extremamente enriquecedoras para qualificar o estudo da matemática em sala de aula, abordando o sistema monetário, espaço e forma, além dos temas já referidos neste post. Adorei!

Escola, Projeto Político Pedagógico e Currículo

Currículo
Currículo, segundo o Dicionário Aurélio,são ”As matérias constantes de um curso”.
Segundo João Batista Araújo e Oliveira e Clifton Chadwick em Aprender e Ensinar “Currículo é o que se ensina,a quem, em que momento, de que forma, onde e para quê.
Portanto, currículo é uma série de conhecimentos desenvolvidos em sala de aula, experienciados, pesquisados e adquiridos.

Didática

A Didática, segundo o Dicionário Aurélio, é “A técnica de dirigir e orientar a aprendizagem; técnica de ensino”. A palavra chave que define didática é “como”. É ela que determinará a forma pela qual o educando terá acesso na escola ao conhecimento. Mas ela não apenas define a forma como a aula é conduzida. Mais do que isso, ela ensaia a forma como os alunos conviverão em sociedade e como vinvenciarão seus dias, interagindo e porttando-se de maneira passiva em cada situação.

Projeto Político-Pedagógico
Projeto Político-Pedagógico é um instrumento que tem por objetivo ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada e o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho. Um instrumento que indica rumo, direção.
Pensar no Projeto Político- Pedagógico implica em pensar o tipo e qualidade de escola, a concepção de homem e de sociedade que se pretende construir.

Johnson, distingue tarefas do currículo e tarefas do ensino. Para ele, o currículo estabelece metas; a didática, os caminhos a seguir depois. Creio que essa separação não funciona, porque é difícil separar fins e meios.. A questão é que é ilusório que se possa trabalhar nas escolas sem teoria, sem justificação das opções assumidas e sem requisitos para a ação, como se os professores fossem capazes de extrair lições da prática e reelaborá-las reflexivamente, por intuição. Sabemos que efetivamente o grau de cultura do professorado é precário, maior até que sua capacidade de resistência às inovações”.

Embora as afirmações de Johnson nos soem desagradáveis e pesadas, nos forçam a repensar de maneira crítica nossa prática e a maneira como nos estimulamos a inovar e introduzir tecnologias em nossa sala de aula ou nos apegamos a metodologias ultrapassadas.



Segundo Sartori e Krahe, “Num sentido mais amplo, os professores como intelectuais devem ser vistos em termos dos interesses políticos e ideológicos que estruturam a natureza do discurso, relações sociais em sala de aula e valores que eles legitimam em sua atividade de ensino”.

Escola, cultura e sociedade

Diretamente do meu blog...alguns trechos para a conclusão...

Postagem original

Karl Heinrich Marx , mais conhecido como Karl Marx, nasceu em 5 de maio de 1818 em Tréveris, Alemanha e faleceu em Londres, Inglaterra, em 14 de março de 1883. É considerado o fundador do comunismo científico.
Foi filósofo, economista e militante revolucionário alemão,mas acima de tudo, um sonhador.
Segundo Marx, “A luta de classes é o motor da História e o Estado é sempre um órgão a serviço da classe dominante”.
Para ele, o capitalismo é um modo de produção transitório sujeito a crises econômicas cíclicas que deve ceder lugar ao socialismo.
Marx tentou demonstrar que no capitalismo sempre haveria injustiça social, e que o único jeito de uma pessoa ficar rica e ampliar sua fortuna seria explorando os trabalhadores, ou seja, o capitalismo, de acordo com Marx é selvagem, pois o operário produz mais para o seu patrão do que o seu próprio custo para a sociedade, e o capitalismo se apresenta necessariamente como um regime econômico de exploração, sendo a mais-valia a lei fundamental do sistema.

Friedrich Engels nasceu em 28 de novembro de 1820, em Wuppertal, na Alemanha e faleceu em 5 de agosto de 1895. Foi um filósofo alemão, colaborador, amigo e cúmplice de Karl Marx, chegando a registrar um filho que o mesmo teve fora do casamento.
Era filho de um rico industrial de Barmen (Alemanha), e o principal colaborador de Karl Marx na elaboração das teorias do materialismo histórico.Na juventude, fica impressionado com a miséria em que vivem os trabalhadores das fábricas de sua família.Quando estudante, adere a idéias de esquerda, o que o leva a aproximar-se de Marx.

Resolvi retomar da interdisciplina as figuras de Marx e Engels para relembrarmos que nehuma ação apolítica, que todos os métodos defendem uma ideologia e são a reprodução, na sala de aula, do tipo de sociedade que pretendemos formar/ reafirmar.

Esta interdisciplina foi importante para compreendermos o potencial dominador da educação e os reforços de dominação incutidos em cada uma das nossas atitudes em sala de aula. Sem perceber, acabamos atuando como behavioristas e o pior, disseminando as idéias dominadoras tão criticadas por Karl Marx.

Tenhamos a grandeza e o desprendimento de conseguir ousar e desapegando-nos de preconceitos, críticas conservadoras e de prognósticos e visões do futuro decadentes e ter a coragem de construir uma nova educação, livre de listas pré-concebidas, autoritarismo, medo, falta de espaço, vazio de sentido e saibamos vivenciar em aula a grandeza das experiências deste curso - pautado na interação, construção coletiva, pesquisa e significatividade de conhecimento.

A Escola da POnte ainda nos é um destino longínquo, mas o método de ensino que muitos insistem em se apegar já provou que não tem potencial transformador da sociedade. Longe disso: é um reafirmador de desigualdades. E tenha coragem de construir algo inovador, afinal, como dizia Carlos Brandão:

"Caminhante, não há caminho
Se faz caminho ao andar. "


EM TEMPO...

o fantástico da tecnologia é a maneira como se dá a contrução do conhecimento de maneira colaborativa.
Nesta manhã, tive a grata surpresa e grande aprendizagem de receber o seguinte e-mail:

Bom dia Kelli

Tive a oportunidade de ler no seu Blogue no artigo Escola, Cultura e sociedade a afirmação:

“A Escola da Ponte ainda nos é um destino longínquo, mas o método de ensino que muitos insistem em se apegar já provou que não tem potencial transformador da sociedade. Longe disso: é um reafirmador de desigualdades. E tenha coragem de construir algo inovador, (…)”

Fiquei na dúvida se pretende dizer que o método da Ponte já provou que não tem potencial transformador da sociedade, ou se a sua referência é à escola tradicional.

Como faço investigação nesta área, agradeço que me esclareça e me faculte algum contributo que me possa ser útil.

Cumprimentos,

Nuno Vicente (Portugal)


Relendo minha afirmação, fiquei perplexa: mas que grande porcaria havia redigido!
Acabei, sem perceber, atacando o que tanto admiro.
Prontamente, respondi ao pesquisador desfazendo o equívoco gerado pela minha péssima redação e aproveitei para compartilhar conhrcimentos acerca da arquitetura pedagógica - projeto de aprendizagem.

Caro Nuno, grata pela contribuição.
Segue reescrita da redação do trecho:

“A Escola da POnte ainda nos é um destino longínquo, mas o método de ensino que muitos insistem em se apegar já provou que não tem potencial transformador da sociedade. Longe disso: é um reafirmador de desigualdades. E tenha coragem de construir algo inovador, (…)”

A Escola da Ponte ainda nos é um destino longínquo, porque ainda não estamos preparados para trilhar este trecho do caminho...ainda há muitas etapas a serem vencidas. Como lamento perceber que ainda há educadores que insistem em se apegar ao método tradicional de ensino, que já provou que não tem potencial transformador da sociedade. Longe disso: é um reafirmados de desiguldades. Tenha coragem de fazer a diferença e construir algo inovador. Se a Escola da Ponte ainda nos parece inalcalçavel, seu exemplo no mínimo nos é motivador: comprova que a utopia pode ser real.
P.S. Justiça seja feita... em São Paulo já há uma escola implantando o método desenvolvido pela escola portuguesa.

Fundamentos da Alfabetização





Relembrando as leituras, chamou-me a atenção uma frase de
"Psicogênese da Língua Escrita", Emília Ferreiro e Ana Teberosky

“O método pode ajudar ou frear, facilitar ou dificultar, porém não criar aprendizagem. A obtenção do conhecimento é um resultado da própria atividade do sujeito”.

O que chamou-me a atenção foi o fato de que por mais que não sejamos a favor da educação bancária recriminada por Paulo Freire, por mais que falemos da importância de valorizar o conhecimento do aluno, de dar sentido à aprendizagem, de motivá-lo, de trabalhar integrando conhecimentos com a realidade da criança e retirando conhecimento e problematizações desta, é ele, o educando que definirá a criação da aprendizagem, deixando-se envolver ou não pelo processo e acima de tudo, criando o seu jeito e o seu tempo de aprender.

E por falar em tempo, relembremos os níveis:

Nível 1 - reprodução de traços típicos da escrita, similariedade com desenho, tentativa de representação da escrita.

Nível 2 - para ler coisas diferentes, deve-se escrever de maneira diferentes - deve haver número mínimo de letras.

Nível 3 - tentativa de dar valor sonoro à escrita - correspondência de uma letra com cada som da sílaba que compõe a palavra.

Nível 4 - passagem do nível silábico para alfabético. Compreensão da necessidade de maior análise para a composição de uma sílaba

Nível 5 - escrita alfabética.

Estejamos atentos a todos os portadores de texto que nos rodeiam e possuem siginificado para a criança, trazendo sentido à aprendizagem.
De maneira alguma devemos nos apegar a cartilhas prontas, vazias de sentido para a criança. Alfabetizar va muito além de decodificar a escrita: é um processo de interpretação da sociedade.

Desenvolvimento e Aprendizagem Sob o Enfoque da Psicologia I



A interdisciplina foi importante para que fossem retomados dversos conceitos e compreendidas as diversas fases de desenvolvimento humano nos quais poderá encontrar-se nosso educando.

Inicialmente retomo o conceito de conhecimento
Para mim, conhecimento são todos os tipos de informações que apreendemos, assimilamos. São dados, teorias, práticas, maneiras de fazer algo, linguagens, línguas, maneiras de se portar e agir. O conhecimento é o que nos move e nos habita.
Antigamente, conhecimento era uma relação de informações a serem decoradas.

Como ocorre a aprendizagem? Na minha opinião, a aprendizagem ocorre o tempo todo, em todos os lugares. Aprendemos vendo, ouvindo, cheirando, comendo, falando, rindo, chorando, caindo, levantando, lendo, brincando, errando, acertando... e a palavra-chave do desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem é a interação.
Antigamente, a aprendizagem baseava-se em um método de educação denominada por Freire como bancária, onde o aluno era mero ouvinte e o silêncio e a atenção passiva eram tidos como garantia de sucesso.

Com referência às noções de Ego, Superego e Id, são primordiais para irmos compreendendo nosso aluno e auxiliando-o neste processo de definição de normas e limites.
Compreender que nosso cérebro vive em conflito quanto ao que acredita que deve ser feito e o que é incitado a fazer, é uma maneira de conscientizar-se de que o diálogo deve ser a atitude mais constante em sala de aula. Chamar a atenção do aluno sem que ele compreenda o que teve de equivocado na sua ação não resultará em crescimento algum. Em sala de aula, aprimoramos as exigências do Superego e tentamos tolher os desejos do Id. Mas quem são eles mesmo?

Segundo Freud, as três instâncias da mente humana
* ID - instinto, impulso, desejo, princípio de prazer
* SUPEREGO - Censura, busca de cumprimento de deveres e normas incutidas pela cultura e sociedade
* EGO - centro da consciência. Soma dos pensamento, sentimentos, idéias, lembranças.

Relembramos o desenvolvimento humano:



E compreendendo a fase em que a criança, temos ciência da melhor forma de intervir e no que acarretará esta ou aquela interação com a criança.


Encerrando - Teorias Psicológicas...

Behaviorismo
Corrente que tem como centro o comportamento humano.
Estímulo a condicionamento humano através de reforços positivos, estimulando a repetição de atitudes consideradas ideais e reforços negativos incitando a não repetição de determinada ação.


Gestalt
Doutrina que considera que não se pode conhecer o todo através das partes, e sim as partes por meio do conjunto. Destaca a importância da percepção para a aprendizagem.

Sociointeracionmos
Para os sociointeracionistas, a criança vai desenvolvendo suas estruturas mentais comforme vai adquirindo experiência. É a favor da interação e acredita que a assimilação de conceitos científicos se dá a partir de conceitos cotidianos .

Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem



Análise geral

"Quando uma criança escuta, a história que se conta penetra nela simplesmente, como história. Mas existe uma orelha detrás da orelha que conserva a significação do conto e o revela muito mais tarde" Louis Paswels

Retomando a interdisciplina de Literatura, o que ficou mais marcante foi a importância de ao escolhermos as leituras a serem exploradas em sala de aula, termos bem presente as ideologias contidas nas mesmas. Os contos infantis, originados com o intuito de garantir momentos de lazer, propagam culturas, fortalecem valores, motivam a fantasia, incitam o medo, a esperança, a fé.

Chamou-me a atenção ao reler a bilbiografia disponibilizada, um destaque feito pelos professores sobre a mudança dos detalhes que englobam a criação de histórias na atualidade. Segundo nossos educadores:

- no cenário das histórias, o urbano substitui o mundo rural;

- a linguagem utilizada é marcada pela oralidade e coloquialismo;

- freqüentemente, a personagem criança já não é ingênua, mas crítica, participante e contestadora;

- a nova poesia não tem mais temáticas cívico-pedagógicas, mas aponta para outros caminhos (humor, temáticas cotidianas, nonsense);

- aparecem vários livros policiais, de ficção, obras que incorporam a “nova fantasia”;

- surgem novas explorações gráficas, na ilustração, na diagramação dos livros, assim como uma grande intertextualidade;

- investe-se também no humor e na ironia.

Penso que estas mudanças foram extremamente importantes para a motivação na formação de novos leitores. Ora, estávamos rodeados por uma montanha de livros magníficos, com um enfoque bucólico, representando crian ças extremamente ingêncuas e realidades que não mais seduziam crianças acima dos 6 anos de idade, acostumadas às emoções dos filmes de ação e das mensagens nem sempre educativas das telenovelas.


Sobre os poemas, o que encanta é que eles podem brincar com o som, explorar os espaços da página com palavras e desenhos,tratar do sonho, do absurdo, do impensado, do real. Inspirar-se no floclore, na história, no sentimento. E o que me entristece é a forma como são pouco explorados em sala de aula e é pouco estimulada a sua formulação.


Para lembrar na hora do conto

Eu adoro teatro! Logo, mudar o tom de voz e fazer caras e bocas na hora de contar uma história, é algo comum. Mesmo assim, como este blog pdoerá ser lido por muita gente, quem sabe alguém que sofra de timidez, vale a pena fazer algumas observações:

* Mantenha comuncação visual com todos os alunos, não fixando-se num ponto fixo ou mantendo comunicação com apenas algumas do grupo;

* Altere o tom de voz, dando mais veracidade à história - use o tom de voz adequado com o que o personagem deseja passar;

* Movimente-se quando a história exige, mas não o faça por nervosismo ou por sentir-se entediado com a leitura. Se você não entregar-se, não vivenciar o que lê, seus ouvintes também não conseguirão e julgarão a leitura mais maçante que você;

* Transforme a leitura em um espetáculo!

Desde que nasce, a literatura infantil, sendo objeto de educação e entretenimento, tem como característica [ser] didática e moralizadora, prestando-se à transmissão de mensagens ideológicas de acordo com uma concepção adulta de mundo, ou seja, os valores desejados pelos adultos à criança (Asbahir, 2001, p. 19)

Lembre-se: a leitura deve estar integrada a sua proposta e a intervenção que você realizar a partir dela deverá estar conectada com os valores que você deseja desenvolver com seus alunos. Não leia por ler. Você não precisa desenvolver uma mega atividade a partir de cada momento de leitura, ele em si tem significatividade, mas você também não deve perder a oportunidade de fazer com o que o seu aluno demonstre, mesmo que de uma maneira simplória que ele compreendeu o que leu e abstraiu o essencial.

sábado, 18 de setembro de 2010

Pensadores da LUDICIDADE - Freud

Segundo Freud, a criança usa o brincar para ajustar seu mundo, criando um onde ela dita as regras e as coisas acontecem como deseja.

Para ele, a criança também utiliza-se do brincar para elaborar suas vivências.

Os limites entre realidade e fantasia estão sobrepostos, visto que em geral ela vivencia no brincar seu cotidiano, com ênfase em situações difíceis que nega, tenta compreender ou ressignificar.

Segundo ele, observar o brincar da criança é a forma mais fácil de compreender os processos interiores pelos quais ela passa e compreender o seu estado psíquico.

Concluindo, o brincar é uma maneira magnífica de compreender-se, ressignificar-se, aprimorar-se e compreender a interação de tudo que que nos cerca.

Pensadores da LUDICIDADE - VYGOSTKY

Para Vygotsky (1984), os elementos fundamentais da brincadeira são:

* a situação imaginária;
* a imitação e
* as regras.


Segundo ele, inicialmente o brincar da criança representa suas vivências do dia-a-dia, visto que ela diverte-se imitando as ações dos adultos e representando as regras seguidas por eles.

Nesta fase a criança imita, vivenciando ações e desenvolvendo habilidades que serão úteis na vida adulta.

O imaginário e o real integram-se, oportunizando a ela a compreensão das regras sociais e a assimilação das normas de convivência dos adultos.

Numa fase posterior, o brincar assume uma função cultural, onde a criança agrega novas idéias, regras e combinações.

Isto porque no brincar, habilidades, papéis e valores são internalizados.

Quando a criança brinca, não há apenas uma repetição de eventos vistos ou ouvidos. A criança cria, combinando o antigo com o novo. Porém, a base da criação é a realidade da qual extrai elementos, pois a construção imaginária não parte do nada. Estes elementos da realidade podem ter sido adquiridos não só pela experiência direta do individuo, mas também pela experiência social adquirida por relatos e descrições (Vygotsky, 1984).

Pensadores da LUDICIDADE - PIAGET




0 A 2 ANOS



PIAGET

Para Piaget, exceto as demonstrações de raiva e as ações relacionadas ao sistema digestivo, as demais ações da criança constituem-se em jogos.
Para ele, quando a criança age sobre seu corpo ou sobre objetos, estando já no estágio de acomodação com relação a eles, encontra-se jogando.
Segundo ele, estando acomodada, a criança não mas explora o corpo ou o objeto com o objetivo de assimilação. Estando acomodada o faz com a intenção de sentir prazer na ação.

2 A 7 ANOS



Nesta fase o brincar da criança assume a função simbólica, onde um objeto presente representa um ausente


7 A 11 ANOS





Os jogos de regras baseiam-se em combinações feitas na hora do jogo ou em regras previamente concebidas e passadas de geração a geração. Baseiam-se em combinações sensório–motoras ou intelectuais.

Para Piaget o brincar propicia à criança:

* desenvolver noções de lógica (usar palavras compreendidas, fazer afirmações verdadeiras e pensar logicamente);

* auxilia no desenvolvimento do pensamento e de outras capacidades;

* “digestão mental” de situações e experiências vividas.

Revisitando LUDICIDADE E EDUCAÇÃO

Em meu retorno às terras da Ludicidade, relembrei os conceitos de:



Brinquedo – suporte de brincadeira



Brincadeira – descrição de uma conduta estruturada com regras implícitas ou explícitas



Jogo – ação lúdica envolvendo uma situação estruturada pelo próprio tipo de material.

Na minha opinião, todos formidáveis instrumentos para a construção do conhecimento, o desenvolvimento da cooperação, a compreensão da importância de existirem regras e de segui-las.

Como aponta Negrine (2000),
"Pensamos que a atividade que a criança executa como exercício pode ter diferentes finalidades, como por exemplo: 1) servir como reforço às habilidades já adquiridas; 2) imitar aquilo que o outro realiza; 3) testar suas habilidades ou adquirir novas; 4) atrair os outros para a atividade que realiza" (p.19).



Conforme explicitado pela professora Tânia Fontoura em entrevista à TV Com , uma experiência marcada pelo lúdico tornasse significativa porque através dela podemos:

* conectar-nos
* ter uma relação mais direta com o mundo que nos cerca;
* interagir;
* vivenciar conhecimentos;
* ser agentes criadores da aprendizagem;
* agir;
* decidir;
* refletir;
* repensar;
* reconceituar;
* reconstruir;
* criar e
* recriar.

Revisitando TEATRO E EDUCAÇÃO



A Interdisciplina de Teatro demonstrou-me que através do teatro pode-se auxiliar o aluno a compreender-se mais, bem como ao mundo que o cerca.

Reconstruir formas de agir em cena, possibilita ao aluno analisar de outras formas uma mesma situação e até encontrar novas soluções para suas próprias vivências.

Auxiliá-o a desenvolver sua forma de expressar-se e interagir com o mundo, libertando-se e reconhecendo-se.

Resgate histórico

Esta disciplina já assumiu diversas roupagens em sua história, sendo importante destacá-las para repensarmos as contribuições de cada uma delas e as que empreendemos em nossa atuação pedagógica:

* Método Dramático - mais empregado por mim antes da UFRGS, onde o teatro é utilizado como recurso para outras aprendizagens, não como conhecimento em si;

* Teatro Criativo - tendo como base o jogo dramático, mas defendendo a idéia de o teatro ser considerado como disciplin a em si, tendo o seu lugar no currículo;

* Movimento Criativo - movimento que ncentiva a expressão em suas mais variadas facetas, principalmente através da dança e do teatro;

* Teatro Escolar -apresentação de espetáculos nas escolas por alunos.

Teatro e educação

Na minha opinão, é primordial que desenvolvam-se exercícios que contribuam para a consciência corporal e o movimento expressivo, assumindo um papel e comunicando algo.

Assim como é fundamental que se tenha presente que o teatro deve ser mais um instrumento de desenvolvimento integral, não mais uma arma de exclusão. Portanto, deve reconhecer-se o papel ativo da platéia e fomentar-se a interação sadia entre aqueles que estão presentes no palco com os que estão presentes na platéia.

O teatro deve ser mais uma ferramenta para desenvolver a ciência de que todos possuem potencial para tudo e a sua maneira e tempo, irão desenvolvê-lo, assim como a ação colaborativa é o melhor caminho para a construção do conhecimento e resultafos de qualidade.

Revisitando MÚSICA NA ESCOLA




MÚSICA NA ESCOLA

Revisitando a interdisciplina, começo destacando uma frase retirada de uma das minhas produções:

Pois é, bendito seja o comércio, que manipula a sociedade, que é manipulada pela mídia, que é manipulada pelos formadores de opinião, que são manipulados pelos donos do poder, que são manipulados por seu desejo sagaz de acumular cada vez mais capital, que é o SENHOR da nossa Sociedade.
Esta frase foi postada após uma pesquisa de campo sobre o que é disponibilizado nas lojas de venda de Cd’s e o que é adquirido em maior quantidade. Não preciso detalhar, né?
Penso que o estudo da música deve surgir como alternativa frente ao processo de emburrecimento a que somos submetidos. A partir de uma análise sobre as predileções das crianças, fazer um convite para uma viagem no tempo, trazendo à sala de aula as músicas da infância dos seus pais e avós, propiciando uma comparação destas épocas.
Penso que o estudo da música deve propiciar uma reflexão sobre o quanto ela é manipuladora e influencia nossas impressões e atitudes sobre o mundo, sorrateiramente introduzindo suas ideologias na nossa mente.
Kodály dizia que “A música é uma manifestação do espírito humano, similar à língua falada. Os seus praticantes deram à humanidade coisas impossíveis de dizer em outra língua. Se não quisermos que isso permaneça um tesouro morto, devemos fazer o possível para que a maioria dos povos compreenda esse idioma.” (Dalcroze, Orff, Suzuki e Kodály - Semelhanças, diferenças, especificidades (Diana Goulart)

Infelizmente muitas pérolas vão sendo esquecidas no caminho e cada vez mais músicas de péssimo gosto e palavras de baixo escalão vão ganhando espaço nas nossas casas.
Infelizmente as crianças acabam sendo submetidas aos interesses comerciais: cantam músicas cujo sentido vulgar não compreendem e desenvolvem gestos vulgares sem ter ciência do propósito real da coreografia.

Esta interdisciplina me fez conscientizar-me de que a música em sala de aula não deve ser utilizada como repetição irreflexiva, mas deve ser uma oportunidade de vivenciar a música, experienciar a melodia, brincar com o corpo e com a voz e instigar a mente para criar coisas novas, gerando novas interpretações e novas cadências. Deve priorizar a análise, o debate, o ritmo, a criação, a auto-confiança, a expressão dos sentimentos, dos pensamentos e acima de tudo a consciência.

Artes Visuais em prática




Durante o período de estágio, procurei implementar pelo menos "uma atividade" que levasse aos alunos a refletirem a arte.

Na verdade, a experiência me deixou um pouco frustrada, mas de certa forma, eu já esperava que como primeira experiência, fosse exatamente assim.

Desenvolvi-a com alunos de EJA, habituados ao método tradicional de ensino, de cópia e memorização. Penso que se tivesse mais tempo de atuação com os alunos, aos poucos eles compreenderiam o valor e a importância para a vida deles da arte e se deixariam seduzir por ela.

Oportunizei a eles o que considero o ensino de artes de fato. Como o espaço era muto curto, resolvi eleger uma obra e fazer uma visualização das demais do artista: a eleita foi a bela e intrigante Tarsila do Amaral.

Tivemos acesso a vídeos sobre a artista e a um livro ilustrado e bem didático sobre a biografia dela.

Observamos suas obras de arte e realizamos uma análise mais apurada da obra “Os operários”, conversando sobre o momento histórico e as mensagens que ela pretendia passar.

Cada aluno realizou uma releitura, um pouco a contra-gosto, é verdade, devido à concepção que possuíam de considerar a arte uma verdadeira perda de tempo.

Brinquei com a obra, criando um jogo de 13 erros, que possibilitou uma observação mais apurada dos detalhes. Aliás, convido você a divertir-se com ela.

Encontre os 13 erros, na obra “Os operários” de Tarsila do Amaral.



Como publiquei no meu Bog no início do curso, após as leituras, penso que a Arte se dedica a pensar

O SOCIAL



O REAL


O IRREAL



A NATUREZA


ENFIM, USANDO VARIADOS INSTRUMENTOS OPORTUNIZA ANÁLISE DO PASSADO, PRESENTE OU FUTURO, BRINCA COM O INIMAGINADO, PROCLAMA IDÉIAS, DEFENDE IDEAIS E NESTE VARIADO MENU, AUXILIA-NOS A COMPREENDER O MUNDO E A NÓS MESMOS.

Revisitando ARTES VISUAIS


A arte representa idéias, ideologias, gritos de liberdade, coro de vozes em busca de mudanças. Representa a beleza, a grandeza e a sordidez da sociedade.Através dela, conseguimos conhecer momentos históricos e compreender pecualiariedades culturais. Podemos conhecer a história da nossa nação, bem como de outras e compreendendo a magia de cada cultura, respeitar as diferenças entre um e outro. Acima de tudo, reconhecer a contribuição de cada cultura para a pessoa na qual nos transformamos.

De diferentes formas, a arte nos chama a refletir nossa realidade, o passado e o futuro.

Infelizmente, muitas vezes o ensino de artes nas escolas brasileiras apóia-se nos sistemas tradicional ou tecnicista.
No primeiro caso, o educador com uma postura autoritária, visando o preparo para o mercado de trabalho, prioriza o desenvolvimento de destrezas ao invés de instigar a criatividade, através da liberdade de criação.
No segundo caso, o centro da aula não é nem o professor, nem o aluno, mas o sistema. O professor dedica-se meramente a ensinar a fazer, priorizando a técnica.
Mas há quem apoie-se no Movimento Escola Nova, que inovou a educação de Artes no país, modificando as concepções de ensino: passou-se a dar destaque aos sentimentos, priorizar o aluno e dar destaque à livre criação.
Já a proposta triangular é a mais difundida na atualidade devido à qualidade que sua metodologia proporciona: agrega a história da arte, a análise de obras artísticas e a livre criação do aluno.

No ensino de arte um currículo que interligasse o fazer artístico, a história da arte e a análise da obra de arte estaria se organizando de maneira que a criança, suas necessidades, seus interesses e seu desenvolvimento estariam sendo respeitados e, ao mesmo tempo, estaria sendo respeitada a matéria a ser apreendida, seus valores, sua estrutura e sua contribuição específica para a cultura. (Barbosa, 1998, p.35)

Último semestre



Foi um longo percurso, uma difícil caminhada e agora, chegamos ao momento da reflexão de toda jornada.
Chegou a hora de mais uma vez repensarmos o caminho e desta vez, analisarmos cada passo dado.

É com muita alegria que conquistamos uma montanha, sabendo que há muitos espaços ainda a serem explorados e conquistados. Estamos encerrando uma viagem, uma grande viagem...mas ela também nos provoca a almejar realizar muitas outras.

Seja bem-vindo, seja bem-vinda, ao meu momento de contemplação da jornada!
Abraço!
Kelli Mattes

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Apreensões

Hoje foi a pior noite da minha vida.
Sai chateadíssima da sala de aula.
Pensamos que propor novidades, debates, projetos de aprendizagem seja algo engrandecedor para os alunos, mas a visão que eles têm de uma sala de aula e suas intenções em relação a ela são bem diferentes.
Eu achava que minhas aulas eram boas....achava.

Hoje, um aluno que no início do estágio disse que não queria vir na escola para perder tempo, me disse que não está gostando das aulas.
Ele disse que está vindo pra escola para aprender a ler e a escrever e pensa que perdemos muito tempo com essas conversinhas.
Disse que entende que eu quero trazer coisas novas, mas ele já é adulto e já aprendeu a se defender. Ele trabalha o dia todo e eu também, ele sabe que eu me dedico pra pensar aulas legais, mas acabo fazendo eles perderem tempo.
Me disse que não sabe como veio na aula hoje, porque estava decidido a não vir mais, porque não está aprendendo nada comigo.

O aluno que tem mais dificuldade de escrever disse que gosta das aulas, que tem aprendido coisas que tem ficado dentro dele e que conversar também é importante.
Os demais reafirmaram que estão lá par ler e escrever. O gozado é que eu achava que estava fazendo isso.

Cheguei em casa e folheei meu caderno relendo meus planejamentos dia a dia e não consigo pensar que não tenha oportunizado leitura e escrita como desejam.
A questão é que para eles não há espaço para mais nada, além disso: leitura e escrita.
Eles não querem história, religião, educação física ou arte.
Eu estou tão triste e tão decepcionada, que eu nem sei bem o que pensar.
Eles não querem falar de furacões no PA. Eles não querem debater. Isso tudo é conversinha. Eles querem ler e escrever, 100% tradicional. Estou me sentindo uma ameba!

Semana passada, falamos sobre o Dia do Trabalhador e introduzi a tela Operários da Tarsila do Amaral. Assistimos a vídeos totalizando uns 15 min sobre sua vida e fotos de suas telas, falamos sobre ela e dei revistas e lápis coloridos para fazerem uma releitura da obra dela, Operários. Minha intenção era que apresentassem aos colegas sua obra, falassem sobre ela e depois escrevessem sobre a questão dos trabalhadores, à luz do quadro da Tarsila. Levaram a aula toda pra fazer a releitura e para "explicá-la" aos colegas. Odiaram, detestaram a aula.

Como hoje um aluno, o qual tenho feito menção desde o início, fez questão de reforçar QUE HOJE a aula estava boa, porque leram e escreveram bastante, resolvi abrir o espaço para saber o que estavam achando das aulas.

Quando ele começou a responder tudo que está acima, tive vontade de chorar (segurei o choro), tive vontade de correr (me contive) e tive sinceramente vontade de desistir.

Fiz a Cris (minha irmã) ler meu planejamento de cabo a rabo e a professora titular também. A titular me disse que os alunos reclamaram apenas da aula da Tarsila. No entanto, percebi que para eles o PA também representa uma perda de tempo.

Estou angustiada, mas relendo meu planejamento percebo que contemplo as necessidades de leitura e escrita deles e que a verdade é que é muito difícil romper este ciclo de aulas tradicionais e propor atividades verdadeiramente desafiadoras que os façam pensar e buscar. A visão deles é de que aprende-se a interpretar respondendo perguntas de um texto, não analisando uma realidade.

domingo, 25 de abril de 2010

18ª Feira do Livro

Foi muito bacana meus alunos olharem com os olhos brilhando aquela tal de Martha Medeiros que pesquisarm no Google e que debatemos em aula.
Ficaram atentos ouvindo seus comentários e depois foram dar uma espiada nos Bloconecos, grupo mineiro que trabalha com a Globo e tem seus participantes trajados com os mais diferentes personagens, desenvolvendo coreografias divertidas e interativas.

No segundo dia, foi muito bacana percebê-los aos risos assistindo Tangos e Tragédias. Eu fiquei me questionando se entenderiam as piadas provocativas do show...mas muitas delas eles não apresentaram no show na cidade. Fizeram tudo muito light.

Estou triste que na próxima semana eles não têm aula na segunda e na terça, por terem ido à Feira. Normas da escola...não há o que fazer.

Passada a angústia de iniciar o estágio, estou tomada pela angústia de pensar que faltará tempo para tudo que desejo trabalhar com ele e explorar todas as dificuldades que percebi.

Esta semana introduzirei o PA. Nossa! Será um grande desafio e acho que ficarão extremamente empolgados.

PErcebo que estão frequentando as aulas muito entusiasmados e sentindo-se valorizados e aprendendo muito. Isso é bom!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ansiedade n.º 954

Palavra do dia: ansiedade.
Como não havia acertado com a professora de iniciar o estágio hoje, por não ter compreendido o calendário da UFRGS, hoje passei a noite assistindo a aula da professora.
Percebi que a divisão de turma vai ser excelente, pois possibiitará que os alunos não-alfabetizados recebam uma atenção especial e os alfabetizados possam alçar voos.
AMANHÃ é o dia.
Já programei a semana toda, postei no planejamento semanal e meu cadernino (porque eu preciso de papel) já tá faceiro com os objetivos e procedimentos da semana.
Passado o pavor, eu tô louca para entrar em sala de aula e colocar em prática tudo que está passando na minha cabeça.
Eu acho que eu vou acabar me encantando com a EJA e esta turma.
Observando-os hoje, percebi-os bastante participativos e críticos; poucos apáticos.
Espero que minhas propostas de descontração, jogos e arte sejam bem vindas, porque percebo que a maioria tem a concepção de que para aprenderem devem estar presos ao caderno, copiando e respondendo mecanicamente. O maior desafio será fazê-los compreender e aceitar meu método.
Mas tenho certeza que acabarão percebendo os benefícios e resultados.
Boa sorte a todos nós!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Choque

A palavra do dia é choque.
O excesso de atividades a serem cumpridas me deixaram em total pânico: releituras, pesquisas, registros, planejamentos...fiquei me perguntando como dar conta de tudo.
A resposta é só uma: tenho que dar conta de qualquer jeito.
Estou me sentindo um pouco amarrada. Não sei se estou enferrujada pelo tempo em que estou efetivamente distante da sala de aula, ou simplesmente bitolada pelo nervosismo.
Tenho idéias, vontades, mas parece que não consigo conjunturá-las.
Estou confusa quanto ao que a UFRGS pretende, aliás, espera da gente.
Estava habituada a interligar a tal da listinha dos conteúdos mínimos às curiosidades dos alunos e buscar a implementação de atividades práticas, lúdicas, de registro, de análise, de investigação. Mas eu definia no geral as atividades.
Sinto-me confusa quanto ao norte a ser dado ao estágio.
Os temas a serem seguidos para a elaboração das atividades de aula devem seguir as curiosidades dos alunos, certo? Devo envolvê-los, propiciar a análise, a investigação, o registro, a crítica...mas isso é um PA.
Como vou definir o que será estudado pela turma e o que será um PA?
Tá, eu sei que estou falando na primeira pessoa e que devo definir isso tudo com eles. Mas eu preciso dar conta de um planejamento semanal!
Retornei ao Rooda e salvei para releitura vários textos que penso que servirão como embasamento para a elaboração da minha carta de intenções.
Eu posso escrever que o meu objetivo é sair correndo? Não dá, né?
Bem, não é objetivo, não. É vontade.
Mas eu vou superá-la. Eu hei de dar conta.
Me ajuda, professora Elly!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Arquitetura Pedagógica

Uma das coisas que tem me deixado ansiosa é a arquitetura.
Olhei todas as desenvolvidas pelo Polo de Alvorada e achei bárbaras, mas a gente sempre fica se cobrando que tem que criar algo mega, ultra criativo e dferente. Bem, na recuperação eu não consegui, mas eu vou!
Tenho pensado em readaptar a minha arquitetura.
A forma como foi criada na recuperação é inviável para o desenovlvimento da minha turma.
Pelo pequeno contato que tive com eles, percebi que não conseguiriam inicialmente desenvolver uma visita a vários sítios na internet. Eles nunca usaram computador. Vai ser bacana ver os olhos deles brilhando ao ir domando o bichinho.
Nossa, ao elaborar minha arquitetura eu devo ter abortado as lembranças das primeiras aulas do curso...PÂNICO TOTAL, TOTAL.
Criei uma arquitetura pra alunos de final de curso de Pedagogia, não para alunos de EJA, processo de alfabetização.
Mas eu vou dar um jeito nela! Há de ficar bom.

Novidades

Empolguei-me tanto em rechear o pbwiki que acabei deixando de lado meu pobre blog (entenda-se pobreza como breve abandono, não falta de conteúdo, por favor).
Deixa eu contar da visita.
Adorei a turma! Muito simpáticos!
Muito entusiasmados! Cheios de vontade de aprender.
Percebi um certo receio por parte de um aluno (que deve ser o sentimento íntimo de muitos) em perder tempo de aula e aprendizagem com a gente...estagiárias...normal...admitamos que nós mesmas como alunos lá no fundinho pensaríamos "Estagiário nada, eu quero meu professor e conteúdo que ele certamente se preocupará em me dar"...é, os velhos preconceitos e paradigmas.
Isso fará com que aumente o compromisso em gerar uma arquitetura pedagógica extremamente motivadora e provocativa, que faça com que os alunos sintam-se instigados e percebam-se evoluindo.

Voltemos à turma...no dia que visitamos a turma, haviam 14 alunos em sala de aula.
Fiquei curiosa em conhecer um pouco da história de cada um, para desvendar um pouco de cada um daqueles rostos.
Foi aí que surgiu a idéia da técnica de integração.
Desenvolvemos a técnica do novelo de lã, onde cada um, após realizar uma fala descrevendo um pouco da sua realidade e seus sonhos, repassava o modelo e uma teia de aranha ia sendo tramada.
Percebi que eels ficaram surpresos ao conhecer a realidade e os sonhos dos colegas.
Percebi muita vontade de aprender e resgatar o tempo perdido...otimizá-lo ao máximo.
Foi uma experiência extremamente interessante! Eu acabei me emocionando. Logo eu, fria que nem água de poço.

Tô muito nervosa. Tenho buscado livros com sugestões de atividades para EJA e pesquisado blog's na internet com atividades desenvolvidas em busca de um norte, uma tranquilidade pro meu coração aflito, que está com medo de não dar conta do estágio e não ser uma boa professora.
Eu confesso que estou em pânico...graças a Deus, eu sei que vai passar.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Puro conversê




Oh, eu e a Cris no início do estágio.
Que Deus e os nossos deuses nos ajudem a chegar na maioridade!

Eu e a Cris, minha colega e irmã (já que ambas faremos estágio com EJA) estivemos na Bibloteca Pública Municipal retirando alguns livros para leitura abordando a EJA, jogos cooperativos e educação e mídia.

Fomos em busca de colegas educadoras que tivessem experiência com EJA.
Uma delas emprestou-nos um material utilizado pelo Instituto Integrar (da CUT), que tem uma metodologia baseada em publicações voltadas ao debate de temas que interessam aos trabalhadores. Emprestou-nos também o material criado pelos educadores de EJA juntamente com a coordenação da EJA da SMED para utilização com a turma do Intensivo.

Hoje, visitamos a professora do CME Érico Veríssimo - UEF, que emprestou-nos muitos, muitos livros de EJA, para acalmar nossos corações e aclarar nossas idéias. Tivemos contato com seus alunos, uma analfabeta e dois alfabetizados, que estavam na Biblioteca manuseando livros de seu interesse. Ficaram nos observando com curiosidade e um pouquinho de vergonha. Chegou a ser engraçadinho o jeitinho como nos ohavam. Lá a turminha está pequena. Ela comentou que está com seis alunos na turma e percebi que estava ansiosa para atender um número maior. Foi super atenciosa com a gente e fiquei encantada em perceber o orgulho e amor que ela tem pelo trabalho que desenvolve.

Amanhã eu e a Cris iremos conhecer nossas turmas, conhecer a professora titular e fazer nossas filmagens. Soube que a titular da nossa turma é fantástica! Muito dedicada e experiente, o que me deixou muito feliz. Espero que não se sinta incomodada com a nossa chegada e participação no ano letivo e seja receptiva e incentivadora.

Estou me sentindo com um misto de medo e empolgação.
Há tantas coisas que podem ser feitas com esta turma!
A Feira do Livro vem aí com Carlos Urbim, Martha Medeiros, Tangos e Tragédias e Tholl...
Ai, ai, ai...eu acho que corro o risco de ser infectada pelo vírus da paixonite aguda.

Idéias iniciais




E eis que aos poucos as idéias vão sugindo.
Pensei que quando estivermos próximos do dia do trabalhador, bem no início do estágio, poderia fazer uma feira de profissões, onde cada aluno apresentaria seu ofício aos demais, inclusive vendo a possibilidade de cada uma demonstrar as suas habilidades na prática.
Isso vem de encontro às legislações que abordam a importância do trabalho e da sua valorização no processo educacional. Isso sem contar na questão motivacional diretamente relacionada a ela.
Desempregados na turma? Ainda não sei. Pode ser que existam. Realizarei uma visita à turma amanhã.
Mas sem talento, impossível. Se eventualmente, e logo descobrirei isso, eu encontrar algum aluno que não esteja profissionalmente colocado, oportunizarei que ele demonstre à turma algum talento que o agrade ou ofício que já desempenhou no caso de ser aposentado.

Eu tô doida pra agendar uma visita ao Jornal NH, noturna...já guardei vários exemplares da primeira edição do jornal que foi reprisada na oportunidade em que o Jornal comemorava seus bens vividos 50 anos de existência e um especial que retrata em décadas as notícias top's.

Uma boa fonte de leitura, pesquisa e debate, que quero averiguar com a coordenação se por questões políticas poderei fazer uso. Eu não vejo problema algum, visto que é a revista de Prestação de Contas da Administração (bem, ela é resultado da obrigação pública de prestar contas à comuniade), que com imagens e textos, demonstra os últimos avanços e obras na cidade. Fomentará o debate, acerca da visão da administração frente às críticas e visão da sociedade.




À medida que as idéias vão aflorando, a calma vai tomando conta de mim.
Mas é sempre passageira.
Logo voltam a ansiedade e o nervosismo.

Ansiedade total


Definitivamente...estagiários viram bebês mimados em crise.


Inicio o novo semestre com a ansiedade comum dos anteriores e a certeza de que grandes desafios e aprendizagens surgirão a partir dele.
O diferencial deste, é que iniciamos (regra geral) apavorados! Em sua maioria com a sensação de estarmos literalmente perdidos.
Eu, particularmente, sinto como se minha cabeça estivesse em meio a um turbilhão: sinto-me insegura com relação ao que será cobrado pela UFRGS, ao tipo de trabalho que esperam que desenvolvamos, a como vou me sair nesta etapa e como os alunos interagirão entre si e comigo no estágio.
Vou atuar com uma turma de Educação de Jovens e Adultos, fato novo na minha vida profissional.
Já atuei como professora de Inglês e Espanhol, inclusive para turmas de Ensino Médio, mas nunca atuei diretamente com alunos da EJA.
Tive a grata oportunidade de atuar dois anos na Supervisão de Educação de Jovens e Adultos na 2ª CRE - Coordenadoria Regional de Educação, em São Leopoldo. Não atuava diretamente como supervisora (claro!), mas atua no setor, tendo contato com diretores e educadores das escolas que possuíam EJA dos 38 municípios atendidos pela Coordenadoria. Lá, auxiliávamos na escolha de palestrantes e na elaboração de cursos para os educadores que atuavam na área.
Logo, assisti a cada um deles.
Naquela época, já eram defendidas as metodologias baseadas na realidade e interesses dos alunos. Uma didática centrada em livros ou nas idéias do educador, desde lá, 2004, já eram abolidas. Mas sabe como é, a teoria, é uma coisa. A prática é outra.
Calma! Não me entenda mal. Sou 100% a favor da abordagem que acabei de mencionar (não a tradicional), mas não tive a oportunidade de aplicá-la na prática ainda com EJA. Esse é o problema.
Parece meio surreal, mas sei o melhor caminho a seguir, mas tenho insegurança quanto à maneira de colocá-lo em prática. MEdo de estágio mesmo, que nem prova final ou de concurso, por mais que se estude, o medo e o frio na barriga são inevitáveis.
Me assusta um pouco o fato de ter alunos analfabetos e alfabetizados na mesma sala. Mas pensando bem, nossas classes de alfabetização são assim: de pré-silábico a alfabético!
Nossa! Interagir com realidades tão diferentes é mais um desafio que se colocará para mim, visto que mesmo que tenhamos contato com crianças com personalidade e "tempos" diferentes, de certa forma, aliás, cada uma da sua forma, acompanha as atividades desenvolvidas.
Eu sei que com a EJA será assim, cada aluno com seu jeitinho irá dando a sua contribuição para aprendermos juntos e crescermos como turma.
Mas....ai, que ansiedade.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Reflexões

Desenvolver a atividade sobre arquiteturas acabou me deixando empolgada.

Analisei os exemplos propostos, refleti sobre algo que pudesse ser empregado com EJA, relembrei leituras do semestre e até trabalhos de colegas disponiblizados pelos professores e...

...senti vontade de desenvolver a atividade com uma turma.

Pensando na execução, acabei jugando a primeira tarefa um pouco difícil para uma turma inicialmente inexperiente e extensa.
Talvez uma análise rápida resultaria numa avaliação muito prematura dos jornais.
Mas quem sabe possa aproveitar isso como a imagem que os jornais deixam de passada?

Penso que talvez fosse mais válido desenvolver a atividade (tarefa 1) de maneira coletiva, desenvolvendo uma passagem inicial rápida, com telão, por cada jornal observado na trilha e debatendo com o grupo uma análise parcial dos jornais, trocando impressões sobre as experiências e visões que eles já tem destes jornais.

Bem, por fim, montando o blog, fiquei com vontade de propor muitas coisas, mas acabei me quetionando se estava no caminho certo e resolvi parar um pouco, até para aguardar as contribuições do professor e das tutoras.

Penso que as arquiteturas pedagógicas vieram para nos desafiar ainda mais e tornar as aulas mais envolventes, criativas e desafiadoras (não havia como não repetir a palavra).

Passei a ver o computador e a internet como aliados da prática educativa.

Não sai da minha mente uma frase do Dr. Ladislau Dowbor que diz:

"Quando surgiu o cinema, diziam que ia matar o teatro;
quando surgiu a televisão, disseram que ia matar o cinema,
e assim por diante".


Pois bem, aprendi a não temer o computador.
Ele não roubará meu espaço, apenas contribuirá para aprimorá-lo.

Quero usufriu de tudo que ele pode dispor e contribuir ainda mais para a formação do aluno, promovendo sua inclusão digital...quase uma premissa para estar atualizado e conectado ao mundo atual.

Sobre arquiteturas

Idéia inicial...

Como trabalharei com EJA e pensando que a mídia exerce um papel de sustentação de valores e defesa de posturas e ações, achei que seria bacana realizar o seguinte:
- Levar a sala de aula por uma semana jogos de jornais diários como NH, Diário Gaúcho e Zero Hora e na sexta-feira os locais A Opinião e JS de maneira que cada grupo possa analisar uma um.
- Propor aos alunos que analisem em grupo a matéria que foi destacada por cada um deles, registrando num blog do grupo, um resumo e se possível a matéria scanneada, bem, como o comentário do grupo sobre o assunto.
- Socilitar que escolham a matéria do dia que julgaram mais interessante, orientando a registrarem no blog o conteúdo da mesma, a opinião do grupo e o que fez com que a julgassem interessante/ relevante.
- Ao final de uma semana, abstrair das matérias aquela que despertou maior interesse do grupo e motivar o sirgimento de um projeto de aprendizagem a partir de tema relacionado `a matéria.


REFLEXÕES GERAIS

Achei formidáveis as idéias de arquiteturas disponibilizadas!
Meus poucos conhecimentos de informática não chegam nem perto dfe programação, então não há como me aventurar sonhando criar um jogo com desafios criativos. Costumo fazer isso com papel e sucata mesmo...
Apesar de achar interessante a construção de histórias coletivas e nunca ter pensado em fotografar a turma representando um teatro revista, criar algo a partir disto para esta atividade não seria nada original.



Um estudo de caso? Resolução de problema? Quem sabe?
Por que não deixar o grupo decidir isso?
E por que não eu começar uma trilha?
Hum...mão a massa!


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Inovações


Penso que a palavra chave da reinvenção da escola seja diversidade.

Vivemos numa época em que as diversidades étnica e cultural são valorizadas. Hoje, a presença de diferentes grupos étnicos, bem como a presença de diferentes faixas etárias é reconhecida como a possibilidade de ser dada a largada a uma viagem de reconhecimento cultural que propicie o aprimoramento dos conhecimentos do grupo como um todo. Antigamente, as minorias étnicas eram excluídas, numa escola com visão reducionista.

Hoje, a escola não destina-se a uma unificação de pensamento e conteúdos e não é favorável a como defendia Comênio, um único professor e um único autor para cada disciplina, comprometendo o acesso a diferentes visões e pareceres, e o debate de idéias produtivo. Pelo contrário, a nova escola propõ-se ao debate permanente, à construção conjunta e interação permanente.

A nova escola está de fato transformando-se num ambiente inclusivo, onde gradativamente ganham espaço diferentes saberes e culturas.
A diversidade também se faz presente através dos diferentes instrumentos que podem ser utilizados para a aprendizagem.

Hoje, a nova escola propõe-se a valorizar as experiências do educando e torná-lo agente do processo de planejamento, que de construção individual do educador, torna-se um processo coletivo.

Workshop


Hoje, participando do Workshop, fazendo a minha apresentação e ouvindo as colegas, percebi o quanto as arquiteturas pedagógicas às quais tivemos acesso através desta graduação são inclusivas.

Uma colega comentava a experiência que teve com os alunos através da confecção de fuchicos e como estra atividade artística propiciou que fossem desencadeadas atividades interdisciplinares a partir disto. Comentou que aproveitou para desenvolver atividades matemáticas e trabalhar questões de gênero, convidando os meninos a integrarem-se às atividades.

Outra comentava sobre as metodologias tradicionais utilizadas para a educação de jovens e adultos, fazendo menção em especial ao Telecurso 2000 que utilizava livros e vídeos e comentava o quanto era engessado este método de ensino, tornando as aulas enfadonhas e cansativas e auxiliando na evasão escolar. Por fim, ela mesma comentava sua pouca formação e inexperiência que não lhe possibilitaram ultrapassar as barreiras do que lhe era imposto e cumprindo as regras pré-determinadas, ir além.

Penso que o maior papel desta interdisciplina seja a provocação permanente, que nos leve a repensar as metodologias e de certa forma reinventar a escola.

Penso que o maior desafio que nos está sendo posto, não imposto, seja a superação de velhos paradigmas e espelhos ultrapassados e ter a coragem de olhar o futuro sem medo e qualificar-se permanentemente a fim de fazer jus às mudanças educacionais que gradativamente vem sendo implantadas.

Mais sobre arquiteturas pedagógicas


Visitei todas as arquiteturas exemplificadas pelo Polo de Alvorada e fiquei encantada!

Fiquei imaginando, por exemplo, lançar o desafio aos alunos de criarem uma trilha na internet sobre um assunto que julgassem interessante, levando os seus visitantes a passarem por vários sítios da internet.

Achei o máximo a maneira despojada como resolução de casos propõe uma pesquisa acerca dos pingüins. Bem, o mais bacana seria se as crianças tivessem visto no jornal ou na TVe tivessem iniciado o assunto na escola, trazendo para a roda de interesse da turma.

E os desafios meu Deus? Quem fez aquilo? Que maneira fantástica de promover a matemática e o raciocício lógico!Gostava de utilizar um encarte do NH chamado Popinha, semanal, com atividades variadas para crianças. Hoje a internet disponibiliza uma gama de atrativos jogos que podem ser utilizados como instrumentos de aprendizagem em sala.

As atividades disparadoras, para quem como eu não sabe criar jogos para computador, podem ser encontradas em sites que disponibilizam simulações mutimidia.

Os textos coletivos podem utilizar imagens envolventes e ser criados de maneira colaborativa no próprio site, não somente desenvolvidos fora da internet e depois de concluídos publicados.
Novelas em quadrinhos. Que hilário! Estou tão habituada às criações artísticas através de desenhos e a encenação teatral em si que não havia me ocorrido uma idéia bacana como esta de utilizar os alunos como atores/modelos fotográficos e criar uma história a partir deles.

Interessante a edição de imagens! É legal desenvolver uma releitura manual e scannear para postagem e em outra etapa trabalhar com a edição de imagens no micro.

Arquiteturas Pedagógicas


Eu particularmente para a atividade destaquei

Ambiente de autoria de casos e Site pessoal.

Os ambientes de autoria de casos são locais onde pode-se expor idéias, trocar impressões e debater acerca de temas variados. Tive a experiência de desenvolver um blog acerca do tema da violência sexual. Foi um projeto extremamente significativo, que me mostrou a importância de motivar o aluno, permitir que ele conduza sua pesqusia (amparado) e permitir sua criação com liberdade.
http://peadkelli.pbworks.com/Projeto-de-Aprendizagem

O mais bacana é que acabei sendo contatada por pessoas que estavam passando por esta dificuldade, pedindo ajuda e dicas. Interessaram-se pelo tema ao ler meu pbwiki e ali encontraram informação e consolo. Claro, que dividi conhecimentos e pensamentos e instrui a buscarem ajuda profissional, que é o único caminho para serem resolvidas de fato situações como esta.

Baseado nas leituras e nas experiências, cheguei à conclusão de que com arquiteturas como esta é importante:

· Não manter número elevado de participantes por local, para promover a interação de fato (quando muitos estão envolvidos, pouca interação efetiva acontece e poucos desenvolvem a atividade de fato. Muda o método e a prática fica próxima das pesquisas escritas escolares -todos na capa, metade na prática. Excesso de pessoas tornam a atividade extensa, repetitiva e muitas vezes inclusive inibem a participação dos mais tímidos ou contidos).

· Orientar os alunos acerca do uso do espaço. Visitei alguns blogs, sites, projetos, fóruns e percebi que muitas postagens postam tudo, menos o que deveria ser postado. Há inclusive algumas que percebia que algumas não ultrapassavam a fase das saudações e parabenizações, não incluindo contribuições ao grupo. Há muitas postagens vazias de significado).

Criar subdivisões, não utilizando o mesmo local para tratar sobre assuntos diferenciados. Acho muito boa a organização dos fóruns do rooda. E é importante realizar a classificação dos assuntos. Não dá pra fazer da atividade uma salada de fruta, no sentido negativo da palavra.


Os sites pessoais são um espaço fantástico. Lá o aluno registrará seus avanços, suas aprendizagens, suas dúvidas e além de ser um local de permanente qualificação da produção textual, será um momento de reflexão para o aluno e um espaço aberto de diagnóstico para o educador.
Iniciando um trabalho deste patamar, jugo que seja importante estar atento a alguns passos, principalmente referentes à introdução do aluno no mundo virtual. Penso que seja bacana inicialmente convidar o aluno a realizar uma viagem em diferentes estilos de blog’s , reconhecendo suas funções e formas.
Iniciando a criação, é bacana desafiar o aluno a criar pequenas coisas, aprendendo a utilizar as ferramentas disponibilizadas pelo blog. Penso que seja interessante estimulá-lo a incluir imagens, giffs, vídeos, calendários. Também é importante utilizar tamanhos e cores de fontes diversos.

É imprescindível que o professor exerça o papel de apoiador, orientando o aluno no desenvolvimento do seu trabalho, mas tendo o cuidado de não direcionar demasiadamente, limitando e conduzindo a expressão do aluno.