domingo, 29 de março de 2009

Primeira Aula - Etnias

A primeira aula de QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO: SOCIOLOGIA E HISTÓRIA foi muito instigante.

Pensamos sobre o que forma a identidade cultural e listei o que achei mais interessantes:
* produção de significados;
* relação de poder;
* forma de agir, pensar, vestir;
* apego temporário;
*linguagem.
Mas o mais relevante é que me dei por conta que assumimos diversas identidas culturais e que cada uma delas é construída a partir da diferença frente as demais.

No meu trabalho, assumo uma identidade extremamente "oficial". As roupas devem ser cuidadosamente escolhidas, o linguajar deve ser extremamente formal, a postura devidamente contida.



Com os amigos, sou depojada, bem-humorada, brincalhona, piadista...
As roupas são mais modernas, mais jovens, despachadas...
Assumo uma identidade oposta da vivenciada no ambiente tenso e formal do trabalho.


Em casa, visto que moramos eu e Valentina, minha filha, há momentos em que necessito ser severa e assumir uam identidade de "pãe" (mãe/ pai), há momentos em que tenho 10 anos, 3 anos, 60 anos.



Achei interessantíssimo debater sobre o que determina a identificação de uma nação.

E fiquei refletindo que hoje temos os símbolos a 20 segundos na internet (bandeiras, brasões, língua, moeda, estilo de vida), e me questionei como se definia o patriotismo numa época em que as notícias e as fronteiras chegavam a cavalo.



Mas o grande desafio da noite foi responder a uma pergunta:


Qual é a parte do corpo que define a identidade cultural?


Instigados a nos analisarmos detidamente com um espelho, percebi, ao conversar com uma colega, que não analisamos nosso rosto de forma generalizada e impessoal, definindo as partes que ns diferenciam dos outros, mas escolhemos e qualificamos estrategicamente as partes do corpo que registram as marcas das nossas etnias.

Não teria sido uma atitude preconceituosa?






Eu registrei olhos CLAROS, pele BRANCA, cabelo CLARO.

Minha colega registrou lábios CARNUDOS...e seguiu com a listagem das partes do corpo que revelam a beleza da etnia dela.

Enfim, acredito que a verdade seja esta: somos um quebra-cabeça étnico.
Nosso rosto, nosso corpo, nossa personalidade e meio de vida revelam traços de cada uma das descendências que nos habitam.

Somos a corporificação da globalização!


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