sábado, 25 de julho de 2009

Autismo

Como já disse, as palavras da Analissa, sobre como a UFRGS me acrescentu ao trabalho não saíram da cabeça...rsrsrsrrs

Recentemente recebemos o avô de um adolescente autista para oferecer os serviços de um médico especiaista na área em Porto Alegre. Ele diza que ee teve recursos para levar seu neto com muita frequência aos especialistas, mas questionou-nos quantas crianças não são diagnosticadas na rede e padecem peo atendimento ineficiente que necessitam.

Fui buscar umas dicas rápidas de fácil compreensão para diagnóstico:


Evidente que a avaliação deve ser realizada por um profissional da área, mas o primeiro olhar/ diagnóstico é do educador que busca a partir daí, ajuda.

DICAS INICIAIS PARA UM TRABALHO ADEQUADO

1) Muitas pessoas com autismo são pensadores visuais. Logo, longas explicações são inúteis e desnecessáras. A utilização de imagem é a maneira mais adequada de desenvolver a compreensão de conceitos e normas. Lembre-se: Pensam por imagens. NÃO pensam por linguagem.

2) Deve-se evitar séries de instruções verbais longas. Instruções longas devem ser escritas. Eles tem dificudade em formar imagens mentais e memorizar informações pertinentes a sequências.

3) Muitas crianças com autismo são bons desenhistas, artistas e programadores de computador. Veja! Encoraje! Eles tem total condição de ser incluídos e muito bem sucedidos profissionalmente. Auxilie-os a compreender e valorizar suas potencialidades.

4) Muitas crianças autistas têm fixação em um assunto, como trens ou mapas. Faça bom uso disso nas atividades escolares. Será garantia de envolvimento e dedicação.

5) Use métodos visuais concretos para ensinar números e conceitos. Lembra do lance das figuras mentais? Lembra que necessitam do concreto? Abuse de material dourado, cores e material concreto para frações.

6) "Eu tinha a pior letra da minha classe", o que fazer? Dizem os especialistas que como autistas tem dificuldade motora, para não gerar frustração, em alguns casos o melhor é ncentivar a digitação. Lembre-se de que trata-se de inclusão. Incluir o diferente não é tratar igual. Mesmas regras e métodos geram exclusão.

7) O desafio de aprender a ler. Bem, o autista autor destas dicas aprendeu pelo método fonético. Refere-se que cada caso é um caso...

8) O incômodo com sons altos. Fiz questão de trazer a citação do autor na íntegra pela importância do que diz " Quando eu era uma criança, sons altos como o da campainha da escola, feriam os meus ouvidos como uma broca de dentista fere um nervo. Crianças com autismo precisam ser protegidas de sons que ferem seus ouvidos. Os sons que causam os maiores problemas são: campainhas de escola, zumbidos no quadro de pontuação dos ginásios, som de cadeiras se arrastando pelo chão. Em muitos casos a criança estará pronta para tolerar o sino ou zumbido se ele for abafado simplesmente pelo recheio de um tecido, papel ou um tipo de cadarço ou cordão. O arrastar de cadeiras pode ser silenciado com colocação de borrachas de tênis ou carpetes. A criança pode temer uma determinada sala, porque tem medo que de repente possa ser submetida ao agudo do microfone vindo do sistema amplificador. O medo de um som horrível pode causar péssimo comportamento."

9) Algumas pessoas autistas são importunadas por distrações visuais ou luzes fluorescentes. Meus Deus, você sabia que o ideal é ficarem perto de janelas e longe de lâmpadas fluorescentes? Ou que sendo impossível evitá-las, usar as mais novas porque tremem menos, visto que os autistas (alguns) enxergam a centelha do ciclo 60 de eletricidade?

10) Algumas crianças autistas hiperativas serão por vezes acalmadas se elas forem vestidas com um colete com enchimento. Nossa! Que desafio! A pressão da roupa acalma o sistema nervoso...e o ideal é deixá-la por 20 minutos e retirá-la para que o sistema nervoso não se adapte a ela.

11) Interação para melhorar o contato visual e a fala. "Algumas pessoas com autismo em particular, responderão melhor e terão melhorado o contato visual e a fala se o professor interagir com elas enquanto estiverem nadando ou rolando em uma esteira. A introdução sensória pelo balanço ou a pressão de esteira algumas vezes ajuda a melhorar a fala. O balanço pode ser feito como um jogo divertido. Ele NUNCA deve ser forçado."

12) Algumas crianças e adultos podem cantar melhor que falar. Algumas necessitam que o educador fale com suavidade, outras precisam da musicalidade da fala.

13) Algumas crianças e adultos não-verbais podem não processar estímulos visuais e auditivos ao mesmo tempo. Alguns são monocanais. Ou olham ou escutam em um momento.

14) Em crianças não-verbais mais velhas e adultos, o tato é algumas vezes seu senso mais confiável. Que tal entender s rotina através do tato de objetos? Como por exemplo, entender que se aproxima a refeição ao segurar um talher? E que tal aprender letras e números apalpando-os?

Nossa, a inclusão é um grande e verdadeiro desafio! Mas o mais bacana de tudo, é aos poucos ir constatando seus avanços e perfeita aplicabilidade!

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