segunda-feira, 22 de março de 2010
Ansiedade total
Definitivamente...estagiários viram bebês mimados em crise.
Inicio o novo semestre com a ansiedade comum dos anteriores e a certeza de que grandes desafios e aprendizagens surgirão a partir dele.
O diferencial deste, é que iniciamos (regra geral) apavorados! Em sua maioria com a sensação de estarmos literalmente perdidos.
Eu, particularmente, sinto como se minha cabeça estivesse em meio a um turbilhão: sinto-me insegura com relação ao que será cobrado pela UFRGS, ao tipo de trabalho que esperam que desenvolvamos, a como vou me sair nesta etapa e como os alunos interagirão entre si e comigo no estágio.
Vou atuar com uma turma de Educação de Jovens e Adultos, fato novo na minha vida profissional.
Já atuei como professora de Inglês e Espanhol, inclusive para turmas de Ensino Médio, mas nunca atuei diretamente com alunos da EJA.
Tive a grata oportunidade de atuar dois anos na Supervisão de Educação de Jovens e Adultos na 2ª CRE - Coordenadoria Regional de Educação, em São Leopoldo. Não atuava diretamente como supervisora (claro!), mas atua no setor, tendo contato com diretores e educadores das escolas que possuíam EJA dos 38 municípios atendidos pela Coordenadoria. Lá, auxiliávamos na escolha de palestrantes e na elaboração de cursos para os educadores que atuavam na área.
Logo, assisti a cada um deles.
Naquela época, já eram defendidas as metodologias baseadas na realidade e interesses dos alunos. Uma didática centrada em livros ou nas idéias do educador, desde lá, 2004, já eram abolidas. Mas sabe como é, a teoria, é uma coisa. A prática é outra.
Calma! Não me entenda mal. Sou 100% a favor da abordagem que acabei de mencionar (não a tradicional), mas não tive a oportunidade de aplicá-la na prática ainda com EJA. Esse é o problema.
Parece meio surreal, mas sei o melhor caminho a seguir, mas tenho insegurança quanto à maneira de colocá-lo em prática. MEdo de estágio mesmo, que nem prova final ou de concurso, por mais que se estude, o medo e o frio na barriga são inevitáveis.
Me assusta um pouco o fato de ter alunos analfabetos e alfabetizados na mesma sala. Mas pensando bem, nossas classes de alfabetização são assim: de pré-silábico a alfabético!
Nossa! Interagir com realidades tão diferentes é mais um desafio que se colocará para mim, visto que mesmo que tenhamos contato com crianças com personalidade e "tempos" diferentes, de certa forma, aliás, cada uma da sua forma, acompanha as atividades desenvolvidas.
Eu sei que com a EJA será assim, cada aluno com seu jeitinho irá dando a sua contribuição para aprendermos juntos e crescermos como turma.
Mas....ai, que ansiedade.
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Oi Kelli!! Com certeza muitos dos medos serão sanados ao longo dessa caminhada (e muitos outros virão ;) )
ResponderExcluirDesejo um ótimo estágio pra ti. Abração