Agradaram-me minhas postagens no dossiê, resolvi repeti-las aqui
Considerações sobre a educação em Sapiranga
Sem sombra de dúvidas, o ideal seria que com um toque de mágica os governos tivessem recursos para:
* adaptar todas as escolas, garantindo acessibilidade;
* equipar as escolas com os melhores instrumentos para atender a uma diversidade de alunos;
* oferecer qualificação permanente específica para a inclusão.
Mas a realidade, é que os recursos não são tantos como supomos, há percentuais legais a serem seguidos e um fantasma chamado Tribunal de Contas no pé das administrações, questionando cada investimento.
Mas calme! Não estamos sem saída! Longe disso.
Enquanto a utopia da universalidade de atendimento não é uma realidade, que hajam (e existem) espaços já devidamente preparados para atendimentos adequados a todos que necessitem de atendimento especial.
Infra-estrutura
Para pequenas reformas, como a colocação de rampas, felizmente as escolas de Sapiranga possuem autonomia financeira.
Obras maiores, pouco a pouco vão recebendo a atenção e investimento público.
Uma nova escola construída na cidade já teve incluída na sua planta um elevador e o CME Dr. Décio Gomes Pereira recebeu um elevador que garantiria livre circulação de uma aluna cadeirante.
EMEF Maria Emília de Paula, recentemente inaugurada
Atendimento especial para deficientes visuais
Não conheço detalhadamente o trabalho desenvolvido pela EMEF 1° de Maio, mas sei que professores que possuíam alunos deficientes visuais receberam curso específico.
Sei que houve investimento para aquisição de livros em braille (não sei precisar quantos) e inclusive a compra de uma máquina de braille (atividades são digitadas e impressas em braile para os alunos, bem como eles imprimem suas produções). A diretora saiu da SMED emocionada. Nunca vou esquecer do dia em que ela a recebeu.
Pára Jogos Escolares
Em novembro de 2008, foi realizado o 1° Pára Jogos Escolares,onde recebi uma aula de superação e força de vontade. Nem a chuva conseguiu desanimar os atletas que empenharam-se no ginásio da escola onde ocorreu o evento.
Extrai do site da Prefeitura (www.sapiranga.rs.gov.br)alguns depoimentos dos envolvidos neste grande acontecimento:
“Estou gostando muito de poder participar dos jogos, tenho treinado muito durante a semana,
” diz a cadeirante de 10 anos, Maria Eduarda.
“Nem tenho palavras para descrever a emoção de ver a minha filha participar de um evento como esse.
É muito bom ter um evento especial para essas crianças,”
completa a mãe de Maria Eduarda, Carla Cristiane da Costa.
A presidente da APAE de Sapiranga, Rejane Moz, também citou a lacuna deixada pela falta de um evento específico para as crianças competirem dentro de suas possibilidades e necessidades no passado. “Esse festival é uma experiência fantástica,” declara emocionada.
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Eles realmente surpreendem. Os alunos da APAE, por exemplo, muito afetivos,me surpreenderam abraçando-me durante a abertura e em alguns momentos inclusive dividi o microfone com eles, quebrando as regras pré-estabelecidas de cerimonial. Foi um evento formidável!
No dia 23 de março de 2009, 20 ex-alunos da APAE iniciaram o módulo I ou II da Eja de Educação Especial na EMEF Pastor Rodolfo Saenger.
Foi um momento de muita emoção e grande aprendizagem. Durante o evento uma das alunas leu um texto criado pelos alunos, falando da emoção de estudar e agradecendo a todos aqueles que estão garantindo este direito.
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