segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Fundamentos da Alfabetização





Relembrando as leituras, chamou-me a atenção uma frase de
"Psicogênese da Língua Escrita", Emília Ferreiro e Ana Teberosky

“O método pode ajudar ou frear, facilitar ou dificultar, porém não criar aprendizagem. A obtenção do conhecimento é um resultado da própria atividade do sujeito”.

O que chamou-me a atenção foi o fato de que por mais que não sejamos a favor da educação bancária recriminada por Paulo Freire, por mais que falemos da importância de valorizar o conhecimento do aluno, de dar sentido à aprendizagem, de motivá-lo, de trabalhar integrando conhecimentos com a realidade da criança e retirando conhecimento e problematizações desta, é ele, o educando que definirá a criação da aprendizagem, deixando-se envolver ou não pelo processo e acima de tudo, criando o seu jeito e o seu tempo de aprender.

E por falar em tempo, relembremos os níveis:

Nível 1 - reprodução de traços típicos da escrita, similariedade com desenho, tentativa de representação da escrita.

Nível 2 - para ler coisas diferentes, deve-se escrever de maneira diferentes - deve haver número mínimo de letras.

Nível 3 - tentativa de dar valor sonoro à escrita - correspondência de uma letra com cada som da sílaba que compõe a palavra.

Nível 4 - passagem do nível silábico para alfabético. Compreensão da necessidade de maior análise para a composição de uma sílaba

Nível 5 - escrita alfabética.

Estejamos atentos a todos os portadores de texto que nos rodeiam e possuem siginificado para a criança, trazendo sentido à aprendizagem.
De maneira alguma devemos nos apegar a cartilhas prontas, vazias de sentido para a criança. Alfabetizar va muito além de decodificar a escrita: é um processo de interpretação da sociedade.

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